sexta-feira, 19 de outubro de 2007


Assisto com muita tristeza

a pena da aspereza

dilacerando a beleza

de uma linda sinfonia.

A aguarrás de juízes,

ciumentos, inflexíveis,

descolorindo as matizes

de uma linda pintura

só porque não gostam

da assinatura.

.

Mas vai como uma bailarina,

com a inocência de menina,

dançando em volta do sol,

a grande Mãe Terra.

Enquanto muitas nações,

governos, religiões

ensaiam a dança da guerra.

.

Na verdade a bola azul,

quase nunca foi amada,

é sempre penalizada.

Tem um trabalho enorme,

dedicação e talento

pra preparar a mistura

juntar os seus elementos

para dar forma as criaturas,

e elas depois de paridas,

desconhecem a matriarca

e dizem mal agradecidas

que a carne é fraca.

E quando o planeta gera um Avatar,

um iluminado assim como o Nazareno,

tem logo quem se apresenta

com conhecimento profundo

e diz:

“Não é desse mundo, só pode ser extraterreno.”

.

É difícil entender

porque é que o homem

até hoje

cospe no prato que come.

Alguma religiões

não sei por qual motivo

dizem que a terra é um território

com vocação pra purgatório

não passa de sanatório,

e que nós só seremos felizes longe dela

bem distante

lá onde os delirantes

chamam de paraíso.

.

Altay Veloso

2 comentários:

  1. Aqui, nesta bola grande e azul, � que � o para�so!
    ;)
    At� mais

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  2. Fala Hugo, tudo bem?

    Qto tempo não nos falamos né?

    Ah! espero a sua participação na discussão sobre as artes em:

    http://artpelart.blogsome.com

    bjs

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