quarta-feira, 21 de janeiro de 2009


Ele corria
Era choro
Era socorro
talvez

Era veneno
Um ar pequeno
Em seu pulmão
por vez

Ele fingia
De quebra
que não
Mas alguém avise
A queda por vezes
passa do chão

Tinha um medo puto
Um olho breaco
Um olhar astuto
Um olhar de luto
meio de lado

Chovia então            ele parou e viu e ouviu a vida que exigia aflita da morte a saída do seu coração a-morte-dele-era-dele-tão-dele-que-dissesse-não       nem ouviria

Deu de ombros

Morte diz à vida

simbora pula fora minha filha         aqui dentro tem é dor fosse outro em outra tava morto esse tem sorte

Vida diz à morte

amarga suja não é nada mal amada ele tem força ele tem garra ele tem mágica tem mão e pé e chão tem céu e mãe e mel anel grinalda e véu - você tem dor amarga suja dá-me agora que esse é meu

mas vai morrer aconteceu - fazer o quê

fazer o quê vou te falar por A mais B...

E discutiram até o amanhecer que chegou cedo e o menino não chorava reclamava o céu azul as borboletas e o café que não saía

A vida vence a morte mais um dia


3 comentários:

  1. a vida
    a morte

    o dia

    mais um dia

    que dia?

    esse dia
    que a alegria
    não te deixa pensar
    em outra coisa
    a não ser adiar


    = )

    nôouuussa! como estamos poéticuzinhos!

    haushaushaushau

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  2. §

    A vida vence porque é mais agressiva.

    Falamos mais, pessoalmente.

    Beijo, amor.

    §

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