"Debaixo d'água tudo era mais bonito, mais azul, mais colorido, só faltava respirar. Mas tinha que respirar, mas tinha que respirar... todo dia"
Arnaldo Antunes
domingo, 20 de abril de 2008
. . . . "If you kiss me where it's sore If you kiss me where it's sore I would feel better, better, better" . missings . . . Valeu por todos os momentos . ;-) . . .
sábado, 19 de abril de 2008
Selva de concreto
Viver sozinho é como fazer parte de um daqueles programas do Discovery Channel, em que tudo o que os insetos e animais devem fazer é sair à caça de sua presa e fugir do alvo dos predadores. Pode ser que haja uma presa, pode ser que não. Pode ser que haja um predador, pode ser que sim! Então é uma eterna e disputada busca, em que às vezes o estômago ronca, os pés doem e sono falha. Essa é a busca pela liberdade. Nessa busca intorpecente encontrei leões e hienas, animas peçonhentos, selvas escuras e belas paisagens. Me senti sozinho enquanto acompanhado e senti que nesta "batata quente", não existe pra quem jogar a bomba, e nem quem me ajudasse a lançá-la longe o bastante. No entanto, muitos estiveram ali sim; a espreita e prontos para ouvir um grito de socorro. Mas a gente é forte, ou se faz de forte, e mesmo no mais fundo abismo, o grito de socorro era sufocado pelo senso de responsabilidade. Me calei, por vezes, aos prantos. A família pra mim sempre foi algo representativo aos redores deste redemoinho, como estátuas frias de alabastro (exceto minha mãe, a guerreira forte que sempre esteve presente), e eis que pela primeira vez em anos senti um calor que pensava não existir nos laços familiares, um calor de colo e cumplicidade, um calor de quem não espera os gritos de socorro pois te conhecem tão bem que sabem até mesmo a hora que você poderia gritar, e evitam. É o sangue, é como se a dor nas veias de um percorresse pelo outro. Conheci novamente minha família, e me encantei! Desde os modos, os meios, os risos e a descontração, até o jeito de se preocupar e se mostrar solíscita. É como se depois de crescido reencontrasse seu berço intacto, e te esperando, ainda que você possa não caber mais. . Amo a minha família, toda ela, com cada uma das controvérsias e desavenças. Amo a todos eles, e agradeço por terem enchido a minha alma novamente com aquele calor que tem cheiro de café da manhã e bolinhos de chuva. . Obrigado por tudo!!! À minha mãe, família de Maringá e Curitiba. . Claro que não devo deixar de lado a minha família paulista, esta que ainda que não ouça os gritos no mais profundo de mim, nunca deixaram de estar lá quando ouviram um. São eles:
.
. Alexandre Bojar
.
Anaflor
André Batista
Daniela Pitteri
Diego Linhares
Laurinha
.
Malu Paiva
Marcelo Bartz
Mayara Medeiros
Nêga Aparecida
Patrícia Galvão
Paula Ristori
Vera Santos
.
Zeni dos Santos .
Mantenha unido
.
"Eu tenho irmãos e 'uma grande família'
Que se intrometem dizendo o que eu devo fazer
Quero me mandar daqui, quero deixar esse lugar
Então quem sabe eu me esqueça dessas caras esfomeadas
Cansei de compartilhar de tudo pra ter atenção
Serei sempre o palhaço da história
Quero ser diferente
Viver sob minha responsabilidade
Mas 'mamãe' deixou claro
Que eu sempre teria um lugar pra voltar
.
Me matei a maior parte do tempo
Mas a chateação fica lá
Todo mundo é estranho aqui
E a vida na cidade acaba te consumindo
Não faz idéia de como as pessoas podem ser frias
Nunca queira virar as costas
Só dão pra receber em troca
Ansiosas pra saber o quanto cobrar
.
Mas quando eu fico sozinho
E preciso ser amado pelo que sou
E não pelo que querem que eu seja
Meus irmãos e 'família'
Sempre estiveram lá por mim
Temos uma conexão
Em casa é onde o coração deve estar!
.
Quando eu olho pra trás, pra toda dificuldade
E toda chateação que eles me causaram
Ainda assim jamais trocaria se tivesse uma chance
Pois o sangue está acima de quaisquer outras circunstâncias