- Hoje cê não vai me perguntá?
- O que?
- Se eu te amo?
- Você me ama?
- Ama...?! Bom... qué dizê... cê não tem medo?
- De amá?!
- Isso não é natural. Pode vir um castigo de Deus...
- Deus?...
Toda vez que abandonei meu corpo na ponta aflita dos teus dedos
olhei pra Ele.
E Ele não tava tão carrancudo:
estava um pouco distraído,
como quem finge.
E toda vez que amoleci meu corpo pra tua ansiedade cega e rija
olhei pra Ele.
E Ele não tava tão severo:
estava um pouco atento,
como quem vê.
E toda vez que o centro do meu corpo foi inundado pelo teu prazer
olhei pra Ele.
E Ele não tava tão bravo:
estava tão sereno!
Como quem comunga.
(...)
- Ai se você me perguntasse...
Se só mais uma vez cê me perguntasse
se eu te amo...
- Não posso mais.
Tenho que ir atrás...
do vento.
(e alça vôo
na direção do sol poente)
Trechos de O Pássaro do Poente de Carlos Alberto Soffredini
7 comentários:
Hoje.
Só hoje.
Só por hoje!!!
Bjuxxxx*****
:D
Que deliciaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Como assim onde estão minhas palavras???
Vc em abstinência do quê??
Saudades mocinho...
:D
Então o senhor quer dizer que o problema sou eu??
(...)
Eu tenho certeza que aquele dois posts apagados foram seus...
Se foram... Logo seus? que não gosta de que apagem o que escrevem!!!!
Bjuxxxx******
:D
Soffredini...Sempre Soffredini! Um puta dramaturgo mal conhecido no nosso país...
Esse um dos inúmeros textos maravilhosos que ele tem neh!?
"Alçar vôo"...Como combina contigo neh migow?!
rs
Beijo = )
Sim eu sei... Eu não sou o bruxo do cosme velho, mas eu sei que os posts eram seus!!!
:D
Adorei...verdadeiramente.
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