Mas tinha que respirar, mas tinha que respirar... todo dia"
Arnaldo Antunes
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
terça-feira, 25 de setembro de 2007
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Letra linda! Música linda! Mulher incrível! Taí uma cantora pela qual me apaixonei master rápido!
A propósito, o clip não é dela! É só pra ouvir a música mesmo!
Divirtam-se!
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“Certa vez te disse que te amaria para sempre
E pensava assim de verdade embora hoje não te pareça
Eu não falava por falar, era o momento e o lugar
E esta dor que sinto agora, eu sei
Que não me deixará igual
Porque hoje é a última vez que falo contigo
Hoje é a última vez, e não consigo explicar este final
Não acredite no que te digo agora, falo assim porque me dói
Acredite nos meus olhos, em como costumávamos nos olhar.
Mas... deixamos passar, perdemos a oportunidade.
Por desatenção e por pensar que nada poderia nos separar”
Julieta Venegas
- precisei responder à altura a sua poética provocação
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Ouvi há mais ou menos uma semana de um amigo gay, algo parecido com: “aqui é tudo 100% hétero” – se referia a costumes e objetos de uso pessoal, não sexualidade. Isto em nada me afetou com relação a ele, mas me fez pensar em certas coisas que me motivaram a escrever o que vem a seguir:
Como assim os próprios gays têm preconceito de ser gays?
Vou começar por um ponto de vista paralelo; eis uma frase que canso – e vocês também, certamente – de ouvir:
- "Acho que se o cara 'quer ser' gay, tudo bem, nada contra! Mas virar mulher eu não aceito, acho exagero! Não é porque o cara é gay que ele tem que virar mulher".
Apenas me calo!!!
Como é que alguém tem a audácia e a pretensão de achar que é sábio e experiente o bastante, a ponto de compreender o universo interior do resto da humanidade? Muitos não conhecem nem os seus próprios. Se as pessoas compreendessem ao menos a muralha infinita, interna e externa, que um homossexual enfrenta quando assume sua realidade, até para si mesmo, perceberiam que nada é assim tão simples de ser resolvido. Basta imaginar o quão maravilhoso é ter de escolher os lugares para segurar a mão de quem ama e refugiar-se cada vez que quiser dar um beijo, além de escolher a dedos aqueles com os quais trocará confidências. Não é fácil, embora excitante! Partindo deste ponto, imagine a quantidade de pesadelos que não enfrenta um transexual até tomar sua decisão, devem ser crises de inalcançável complexidade!
Daí então ouço a frase descrita logo acima, acerca de ‘virar mulher’, e ao fazer uma – nem tão profunda – análise, constato que este “comentador”, desgraçada personagem saturada pelo cotidiano (e não me refiro à música do Chico), não faz nada além de viver segundo os preceitos desta sociedade insustentavelmente hipócrita. Isto tudo, tendo em vista que já ouvi “a frase descrita logo acima, acerca de ‘virar mulher’” até de homossexuais também! Então analiso suas roupas discretas, seus cabelos na moda e sua voz contida: perfeito! Ele é um exemplar perfeito daquilo que a sociedade quis que fosse. A mesma sociedade que vêm melando em merda (com o perdão da palavra) seus conceitos e pré-conceitos desde o início das civilizações.
É louvável sim que um cara discreto seja discreto por que seu interior assim o quis, o mesmo digo aos afeminados e às transexuais, mas esconder-se através de um escudo heterossexual em busca de status é o patético da questão, ou mesmo um escudo de bichisse no caso contrário.
Amo o único, o autêntico, a liberdade!
Afinal, quem nunca excedeu seus limites que atire a primeira pedra – em si mesmo, já que nem pra isso teve capacidade! E para os que se sentem incomodados com a questão de alguma forma, devo dizer que se cuidem! Pode ser um desejo de libertação que está sendo reprimido pelo seu inconsciente, e nas esquinas as quais você costuma passar gritando injustiças, esteja trabalhando nada mais que alguém igual a você... amanhã!
*O termo “Panis Et Circenses”, refere-se à cultura do “pão e circo” usada em Roma, oferecia alimentação e entretenimento aos romanos a fim de distraí-los dos reais problemas políticos. O termo foi usado pelos Mutantes aparentemente pela falta de visão, comodismo da sociedade e pelo modo como as pessoas se escondem atrás de padrões e imagens, e acabam por perder as melhores sensações de liberdade!
Eis a letra da música, e abaixo, o vídeo:
Mutantes - Panis Et Circenses
Eu quis cantar minha canção iluminada de sol
Soltei os panos sobre os mastros no ar
Soltei os tigres e os leões nos quintais
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei fazer de puro aço luminoso um punhal
Para matar o meu amor e matei
Às cinco horas na avenida central
Mas as pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei plantar folhas de sonhos no jardim do solar
As folhas sabem procurar pelo sol
E as raízes procurar, procurar
Mas as pessoas da sala de jantar
Essas pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Fazes-me acreditar se puderes, poeta, que não somos capazes disto tudo! O desafio está posto! Faça de teu sangue maremoto e de lava tua pele, somente desta forma - talvez por meio segundo - eu poderia acreditar que nossas mãos dadas, não seriam o veículo necessário, capaz de transportar-nos a um por um destes devaneios, e realizá-los.
Devaneios estes, que vistos de dentro de nosso mundo
sépia-rubro
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
"Pero no dudes. Se lo hacer, morirás." Eis o que o oráculo me orientou que fisesse; que pulasse! "Salte penhasco abaixo e confie que nada te acontecerá. No caminho sentirá o medo da morte diante de você. Passará fome e frio. Mas não duvide. Se o fizer, morrerá. Caso contrário, aterriçará suavemente."
E eis-me aqui, no meio do vôo, ou da queda. Vejo nuvem a nuvem passar por mim, vejo os galhos dos quais escapo, pássaros. E o frio na barriga que de quando em vez insiste em me pegar! Mas insisto, insisto no fim tão almejado! Não é possível que tantos caminhem tranqüilamete lá embaixo e eu morra! Mas também vejo corpos aos montes, mortos, uns menos uns mais podres. Somente não acreditaram? Não sei! Acontece que já estou no meio do caminho, já estou caindo e não resta muito a ser feito, se a "tal salvação" não vier, me esburracho.
A essas alturas devo acreditar como sempre fiz, e me deixar cair!
E o que me ajuda a suportar a queda, é o vento que sinto emaranhar meus cabelos e me refrescar, enquanto o sol nascente no horizonte me esquenta, e me banha de luz alaranjada.
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
terça-feira, 11 de setembro de 2007
- Me esperem pelo amor de Zeus – eu pensava enquanto vestia apressadamente a roupa sentindo o queimar do creme dental que repousava em minha boca enquanto a escova era presa entre meus dentes.
O sol lá fora tinha um quê de convite, de possibilidade. Era aquele tipo de sol que te faz perder uns sete segundos, dá até pra pensar que o sol está mais feliz quanto qualquer um aqui embaixo que ficasse feliz em ver a intensidade daquele brilho, e logo estava eu sob aquela felicidade toda, a atender seu convite. Numa mistura de atraso e excitação, desci pelo caminho perpassando em minha mente milhares de possibilidades para aquele dia – quem dera fosse infinito, talvez enjoasse, mas quem dera fosse. O café da manhã veio em clima de fast-food, e dentro em pouco cheguei ao destino, mesmo atrasado fui o primeiro, seguido pela ‘garota do chitão’! Permanecemos a esperar a nave azul que insistia em não chegar com nosso comandante, ambos mais pareciam estar ‘a bordo de uma viagem sem fim’, mas chegaram e seguimos aos outros encontros.
Encontrados e radiantes, só nos restava atender mais e mais freneticamente àqueles chamados incandescentes do nosso astro. A rodovia nos tornava selvagens como animais, e ali mesmo, desbravamos segredos de castelos Incas e Wiccas. Sol, música, rodovia, amigos...
Bingo! Chegamos ao destino que a nave insistiu em rejeitar! O que não nos fez parar! E em bem pouco tempo, deixávamos nos levar pelo destino sobre um ‘vagão selvagem’. Tomamos banho na efêmera chuva mecanizada, enxergamos o mundo sob outro prisma e também os outros prismas do mundo (por vezes assustadores). Deixamos nos levar pela essência de palavras - quase - esquecidas, de objetos que circulam incansavelmente e de toques que fazemos e que nos são oferecidos. Vimos mortos-vivos mais vivos do que mortos, e escalamos montanhas; de frente, costas e no escuro! Demos um pulo rápido no México e, pra fechar com chave de ouro nosso delírio, em Paris .
Delírio bem sucedido!
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Adoro uma bobeira
uma palhaçada
uma palavra à margem
uma idéia engraçada
uma sacanagem
adoro a surpresa da piada
uma indecência boa
adoro ficar à toa fazendo trocadilhos obscenos
com sexo
adoro o que não tem nexo
e por isso faz rir
adoro a bobeira poeril
a coisa que não tem rumo
que de repente me escolhe
e me olha.
Preciso da besteira para obter a glória.
Elisa Lucinda
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Não resisti e disparei-me a rir hoje na Estação da Luz. Riso este que durou poucos segundos; meu senso crítico impediu-me um riso prolongado.
Eis que estava eu caminhando pela plataforma e ouvi quase sem querer os xingos indignados daquela centena de paulistanos que ali estavam, uns tentando entrar e outros tentando sair da grande lata de sardinha com rodas. O grande sarro do acontecido, é que já fazia quatro minutos que este que vos escreve se havia “desenlatado” (naturalmente, também aos xingos, trancos e barrancos e milagrosamente sem nenhuma fratura exposta), e, no entanto, continuava naquela plataforma lotada, incandescente de calor humano. Eram xingos e comportamentos estrambólicos, um tal de enrosca aqui e ali e eu firme a procurar a escada, enquanto uns a saída e outros a entrada.
Por conta disso ri por volta de nove segundos, até que realizei o quanto todos ali estavam esgotados, o quanto todos haviam trabalhado, a que horas haviam acordado e sabe lá os deuses a que horas dormiriam.
Cessei-me de rir assim que me recordei que pagamos, neste estado de merda, a tarifa de transporte público mais alta do mundo, e que inclusive nossos calçados, roupas, bolsas (e o que há em seus interiores), nossa respiração (que consome água do organismo, e não obstante, pagamos por água) e absolutamente tudo ao nosso redor é um bem de consumo e gera lucro aos cofres públicos, pois afinal, pagamos mesmo sem usar, impostos absurdos pela manutenção desses grandes veículos de tortura coletiva, aos milhões, todos os dias.
Incrível como ninguém se importa.
Meu maior desejo, sinceramente, era estar rindo até agora (quarenta minutos depois). Era não ter consciência para perceber que há algo de muito errado nisso tudo. Com o povo, com o governo, com o nosso dinheiro e com tudo o que, na infância, acreditávamos ser certo.
Por isso preferia estar rindo, mas cessei!
E escrevi esta crônica.
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
sábado, 1 de setembro de 2007
SE COMEÇAR, TERMINE!
SE MUDAR DE IDÉIA E NÃO QUISER DEIXAR MAIS, PASSE POR CIMA DE SI MESMO (A) E DEIXE!
POIS SE NÃO DEIXAR, SE APAGAR E A MALDITA MENSAGEM "EXCLUÍDO PELO AUTOR" (OU COISA DO TIPO) APARECER, MATO TRÊS GALINHAS PRETAS - QUAIS JÁ POSSUO - E MANDO A URUCUBACA ACHAR O (A) FILHO (A) DA PUTA ATÉ NO INFERNO!!!
Caso você não cause este tipo de infelicidade na vida de outrem, seja bem vindo (a)!!!
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra, só de sarro
E a gente vai fumando que, também, sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão"
Chico Buarque